O Câncer de Bexiga é representado em mais de 90% dos casos pelo Carcinoma Urotelial ou também chamado Carcinoma de Células Transicionais e representa o segundo câncer mais comum que acomete o sistema urinário. Este tipo de Carcinoma surge mais comumente na bexiga mas também pode ter sua origem nos ureteres (tubo que leva a urina dos rins até a bexiga) ou na pelve renal (porção próxima ao rim que recebe a urina produzida por ele). O câncer de bexiga é o sétimo câncer mais comum em homens no Brasil e o oitavo mais comum no mundo todo. O câncer de bexiga acometer principalmente pacientes masculinos e acima dos 55 anos e embora existam outros fatores de risco associados a ele, o uso do cigarro é disparado o fator de risco mais associado a este tipo de câncer. O sintoma mais comumente encontrado é o sangramento na urina e, felizmente, a “cura é possível” em mais da metade dos casos, já que a doença é encontrada como superficial ou não músculo invasiva (não infiltrou o músculo da bexiga), condição que dificulta a disseminação da doença. Veja aqui mais números sobre o câncer no Brasil.
A Uro-oncologia é a área do cuidado da saúde onde vários profissionais atuam para cuidar de pacientes com câncer geniturinário, como o Câncer de Bexiga. A interação coordenada do Urologista e do Oncologista Clínico é fundamental para o bom cuidado do paciente com câncer geniturinário e conta com todas as modalidades terapêuticas indicadas em cada tipo de câncer, apoiado no trabalho de uma equipe multidisciplinar que inclui cirurgiões(ãs), radioterapeutas, enfermeiros(as), psicólogos(as), farmacêuticos(as), médicos(as) nucleares, odontologistas, paliativistas, entre outros.
Dr Flavio Mavignier Cárcano é um super-especialista em câncer geniturinário, ou Uro-oncologia como também é chamado, e há mais de uma década se dedica ao cuidados de pacientes com este tipo de câncer. Na sua trajetória, iniciou a graduação em Medicina em 1998 na Universidade Federal Fluminense – UFF, umas das mais reconhecidas e tradicionais instituições médicas do país, formou-se médico em 2004 e ingressou para a Residência Médica no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Após a conclusão da residência em clínica, ingressou na Residência Médica em Oncologia Clínica no Instituto Nacional de Câncer – INCa, onde desenvolveu sua especialidade médica que exerce até os dias atuais desde 2009. Em 2011 concluiu seu mestrado em Pesquisa e Desenvolvimento pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, onde estudou aspectos do tratamento de pacientes com Câncer de Próstata, e em 2016 se tornou Doutor em Oncologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos (IEP-HCB), onde estudou a biologia molecular do Câncer de Testículo.
Dr Flavio também coordenou o curso de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos entre os anos de 2014 e 2022 e é Professor Permanente da Pós-graduação do Hospital de Câncer de Barretos desde 2020, onde orienta alunos de mestrado e doutorado, futuros cientistas na área de Oncologia. Dr. Flavio tem publicações científicas em periódicos internacionais de alto impacto, além de atuar como revisor de alguns deles, contribuindo para a construção do conhecimento em Oncologia.
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O que Preciso Saber sobre a Bexiga
A bexiga urinária é um órgão importante do nosso corpo que funciona como um “reservatório” para armazenar a urina, que é o líquido produzido pelos rins para eliminar substâncias indesejadas do nosso organismo. Imagine a bexiga como um pequeno saco localizado na parte inferior da barriga, um pouco acima dos ossos pélvicos. Ela é como um pequeno balão muscular que pode se expandir e contrair. A micção é o termo que usamos para descrever o ato de esvaziar a bexiga, ou seja, quando vamos ao banheiro para liberar a urina. Geralmente, conseguimos controlar quando isso acontece, mas algumas doenças podem levar a falta de controle da micção, o que chamamos de incontinência urinária.
A bexiga funciona basicamente:
- Recebendo Urina: A urina é produzida pelos rins e vai descendo até chegar à bexiga por meio de tubinhos chamados ureteres, que saem de cada um dos dois rins e se conectam à bexiga.
- Armazenamento: A bexiga tem a função de armazenar a urina até que estejamos prontos para liberá-la. É como um reservatório que se enche aos poucos.
- Liberação de Urina: Quando a bexiga está cheia, sensores presentes nela enviam um sinal ao cérebro, indicando que é hora de ir ao banheiro. Os músculos da bexiga se contraem, e a urina sai do corpo pela uretra. A uretra é um pequeno tubo que leva a urina da bexiga ao exterior do corpo. Ela é curta na mulher e longa no homem, devido ao pênis.
O tecido que cobre a bexiga por dentro é um tecido especial chamado de Urotélio. Este é o mesmo tecido que também cobre por dentro a pelve renal (onde a urina cai ao sair dos rins), os ureteres e parte da uretra.
O que Causa o Câncer de Bexiga?
O câncer de bexiga, também conhecido como carcinoma urotelial, geralmente se origina nas células que revestem o interior da bexiga, o Urotélio. O processo de formação desse câncer pode ser explicado da seguinte forma:
1. Exposição a Substâncias Químicas: A exposição prolongada a certas substâncias químicas, como os chamados carcinógenos, aumenta o risco de desenvolver câncer de bexiga. Algumas dessas substâncias podem estar presentes em cigarros, produtos químicos industriais, tinturas de cabelo, entre outros.
2. Lesões no Revestimento da Bexiga: A irritação crônica do revestimento interno da bexiga devido à exposição a carcinógenos pode levar a danos celulares. As células uroteliais, responsáveis pelo revestimento da bexiga, podem sofrer mutações genéticas.
3. Formação de Lesões Pré-Cancerosas: As mutações genéticas podem resultar na formação de lesões pré-cancerosas, como pólipos ou tumores não invasivos, que ainda não invadiram as camadas mais profundas da bexiga.
4. Progressão para Carcinoma Urotelial: Em alguns casos, essas lesões pré-cancerosas podem evoluir para um carcinoma urotelial invasivo. Isso significa que as células cancerosas começam a penetrar nas camadas mais profundas da parede da bexiga.
Fatores de Risco:
- Tabagismo: Fumar é um dos principais fatores de risco para o câncer de bexiga.
- Exposição Ocupacional: Trabalho em indústrias químicas ou com produtos químicos pode aumentar o risco.
- Idade e Gênero: O câncer de bexiga é mais comum em pessoas mais velhas e em homens.
Quais os Sintomas do Câncer de Bexiga?
Os sintomas do câncer de bexiga podem variar, e algumas pessoas podem não apresentar sintomas nos estágios iniciais da doença. No entanto, alguns sinais comuns podem incluir:
- Hematúria: Presença de sangue na urina, que pode torná-la rosada, avermelhada ou marrom. Isso é o sintoma mais comum.
- Disúria: Dor ou ardência ao urinar, apesar de na maioria das vezes estar associado a causas benignas.
- Micção Frequente: Necessidade de urinar com mais frequência do que o normal, mesmo se a quantidade de urina for pequena. No homem, este também é um sintoma associado a outras causas, como devido a aumento da próstata e irritação na uretra.
- Dor na Pelve: Desconforto ou dor na área da pelve.
- Dor nas Costas ou Flancos: Pode ocorrer se o câncer avançar a ponto de obstruir a saída da urina e aumentar a pressão no sistema urinário.
- Fadiga: Sensação persistente de cansaço.
- Perda de Peso Inexplicada: Perda de peso sem motivo aparente.
É importante notar que esses sintomas não são exclusivos do câncer de bexiga e podem estar relacionados a outras condições médicas. No entanto, se você experimentar qualquer um desses sinais, é crucial procurar a orientação de um profissional de saúde para avaliação e diagnóstico adequados.
O câncer de bexiga, quando detectado em estágios iniciais, muitas vezes tem um prognóstico mais favorável. Por isso, é essencial estar atento aos sintomas e buscar assistência médica ao primeiro sinal de preocupação.
Como Saber se Tenho Câncer de Bexiga?
A suspeita de câncer de bexiga requer uma avaliação médica profissional. Pessoas com mais de 60 anos, que fumam há muitos anos e que apresentem sangramento na urina, devem ser submetidas a uma investigação detalhada. Se você está preocupado com a possibilidade de ter câncer de bexiga, aqui estão alguns passos que você pode seguir:
- Observe os Sintomas: Esteja atento a sinais como sangue na urina, dor ao urinar, micção frequente, dor na pelve, dor nas costas ou flancos, fadiga e perda de peso inexplicada. Se você experimentar esses sintomas, é importante procurar ajuda médica.
- Consulte um Médico: Marque uma consulta com seu médico de cuidados primários. Descreva seus sintomas e histórico médico. O médico pode realizar um exame físico e fazer perguntas detalhadas sobre seus sintomas.
- Exames de Diagnóstico: Se necessário, o médico pode encaminhá-lo para exames de diagnóstico, como cistoscopia (um procedimento para examinar o interior da bexiga), exames de imagem (como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e biópsia (coleta de uma amostra de tecido para análise).
- Avaliação Urológica: Caso a suspeita seja grande diante de uma avaliação inicial, um urologista, especialista em doenças do trato urinário, pode ser envolvido no diagnóstico e tratamento, assim como o Oncologista Clínico.
Lembre-se, esses passos são apenas uma orientação geral. Somente um profissional de saúde pode fornecer um diagnóstico preciso. Se você estiver enfrentando sintomas que o preocupam, não hesite em procurar ajuda médica. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de um prognóstico positivo para o câncer de bexiga.
Mensagem Final sobre Esta Doença Potencialmente Curável
É comum que um diagnóstico de câncer carregue ainda um estigma negativo muito forte em nossa sociedade. Mas é importante lembrar que existem dezenas de tipos de câncer e cada um tem uma característica diferente, incluindo seu potencial de cura. O câncer de bexiga é uma doença em que a “cura é possível”. Entretanto, ela está ligada a um diagnóstico precoce e felizmente, a maioria dos cânceres de bexiga são diagnosticados em uma fase inicial onde as chances de cura são grandes. É importante que qualquer suspeita, deva ser investigada o quanto antes por um oncologista experiente. Não podemos deixar de fazer a coisa certa, quando as a cura do câncer é possível, não é mesmo?
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