O câncer de rim é um câncer pouco frequente e acomete mais os homens que mulheres, principalmente com idade em torno dos 60 anos. Com o aumento e maior disponibilidade dos exames de imagem, o câncer de rim muitas vezes é descoberto incidentalmente, quando o paciente faz um exame de imagem do abdome por outro motivo. Portanto, é um câncer que surge sem gerar muitos sintomas no início, mas conforme a doença avança, pode provocar sangramento na urina e dor na região lateral da barriga.
O uso do cigarro, hipertensão arterial e obesidade são os fatores de risco mais associados a esse tipo de câncer. Muitos casos suspeitos, são analisados pelo uso da tomografia computadorizada e muitas vezes a cirurgia estará indicada mesmo sem a necessidade de uma biópsia. Devido ao fato de não apresentar sintomas no início, alguns casos podem já se apresentar com a presença de metástases.
Quando há suspeita da doença pela tomografia e não há evidências de metástases, o tratamento com intenção curativa pode ser realizado pela retirada cirúrgica de todo rim ou parte dele, a depender da localização e extensão da doença local. Na presença de metástases, é possível que a cirurgia também possa ser indicada, assim como existe a possibilidade de acompanhamento sem intervenção terapêutica em alguns casos especiais. Entretanto, na maior parte dos casos com metástase o tratamento sistêmico estará indicado com uso da imunoterapia e/ou com comprimidos de drogas conhecidas como inibidores de tirosina-quinase (TKI). O advento destas novas drogas tem proporcionado uma melhoria muito grande no tempo de vida de pacientes com doença metastática, o que não existia até pouco tempo atrás, melhorando sobremaneira o prognóstico da doença.