A oncologia clínica é uma especialidade da oncologia relativamente recente e, junto da cirurgia oncológica e da radioterapia, compõem a principal frente de cuidado do paciente com câncer. Mais que isso, o cuidado integral do paciente é imprescindível e envolve uma ação multi- e interdisciplinar.

A cirurgia foi uma das primeiras modalidades de tratamento, mas era capaz de curar poucos casos de câncer e gerava resultados muitas vezes mutilantes. Isso era decorrente de um entendimento que o câncer era uma doença localizada e as técnicas cirúrgicas ainda não eram muito sofisticadas. Com a descoberta da radiação e a possibilidade de usá-la como modalidade terapêutica, a radioterapia passou a fazer parte do tratamento do câncer, mas também sendo capaz de tratar somente o local de manifestação da doença e ainda com tecnologia que gerava muitos efeitos adversos.

A oncologia moderna surgiu depois do entendimento que o câncer não era uma doença localizada e sim sistêmica, ou seja, com capacidade de se disseminar pelo organismo apesar do tratamento local com cirurgia ou radioterapia. Assim surge a Oncologia Clínica, que passa a desenvolver o cuidado oncológico do paciente com câncer entendendo a doença de forma sistêmica e usando de estratégias terapêuticas que, junto com a cirurgia e radioterapia, com técnicas aperfeiçoadas e modernas, é capaz de alcançar melhores taxas de cura e resultados mais favoráveis.

O oncologista clínico, como Dr Flavio Cárcano, é capaz de coordenar a linha de cuidado do paciente com câncer, somando esforços de uma equipe multidisciplinar para encontrar a melhor estratégia de tratamento para o paciente.

A fragmentação do cuidado do paciente pode levar a experiências ruins na sua jornada e a atenção interdisciplinar é fundamental. Entretanto, a liderança e coordenação de todo o cuidado envolvendo vários profissionais da saúde é melhor realizada pelo oncologista clínico, com vistas a alcançar os melhores resultados, não só clínicos, mas também de um cuidado acolhedor e humano.

Receber o diagnóstico de um câncer é um momento desafiador. Mas é importante saber que, hoje, o cuidado com o paciente vai muito além da quimioterapia ou da cirurgia. O tratamento do câncer é feito com base em pilares bem definidos, que se complementam para oferecer uma abordagem mais completa, humana e eficaz.

1. Tratamento oncológico específico

É o primeiro pilar e envolve os tratamentos diretamente voltados para combater o câncer, como:

• Cirurgia

• Quimioterapia

• Radioterapia

• Imunoterapia

• Terapias-alvo

A escolha depende do tipo de câncer, do estágio da doença e das características do paciente. O objetivo pode ser curar, controlar ou aliviar os sintomas da doença.

2. Cuidado paliativo e controle de sintomas

Mesmo durante o tratamento ativo, o conforto do paciente é fundamental. O cuidado paliativo busca:

• Aliviar dor e outros sintomas (como falta de ar, náuseas, fadiga)

• Reduzir o sofrimento físico, emocional e espiritual

• Apoiar decisões difíceis ao longo do tratamento

Esse pilar não é exclusivo de pacientes em fase terminal. Ele pode e deve estar presente desde o início do tratamento, trazendo mais qualidade de vida.

3. Apoio emocional e psicológico

A saúde mental é essencial na jornada contra o câncer. Ansiedade, medo, tristeza e incertezas fazem parte da experiência de muitos pacientes e familiares. Por isso, o suporte psicológico ajuda a:

• Lidar com o diagnóstico e os efeitos do tratamento

• Fortalecer a autoestima e o bem-estar

• Melhorar a adesão ao tratamento

Famílias também se beneficiam desse suporte, que ajuda a enfrentar os desafios juntos.

4. Suporte social e familiar

Ter uma rede de apoio faz toda a diferença. Muitas vezes, é preciso ajuda com transporte, alimentação, finanças, cuidado dos filhos ou outras questões práticas. Equipes de assistência social e grupos de apoio são fundamentais para garantir dignidade e acolhimento.

5. Estilo de vida e autocuidado

A alimentação saudável, a prática de atividades físicas, o sono de qualidade e a redução do estresse são pilares importantes para:

• Enfrentar melhor os efeitos do tratamento

• Reduzir o risco de complicações

• Favorecer a recuperação e a saúde como um todo

Além disso, parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e manter consultas regulares fazem parte do cuidado contínuo.

Cuidar de quem tem câncer é olhar para o todo. É tratar o corpo, apoiar a mente, acolher a alma e envolver a família. Quanto mais integrados estiverem esses pilares, melhor será a experiência do paciente e maiores as chances de um tratamento bem-sucedido.

O apropriado Cuidado Oncológico somado aos princípios da Medicina do Estilo de Vida, é a combinação que todo paciente precisa para uma cuidado integral e efetivo.