O Câncer de Próstata é o câncer mais comum no homem, se descontarmos o câncer e pele que é o mais comum de todos os cânceres. Ele está relacionado principalmente com o envelhecimento e, em outras palavras, conforme o homem envelhece maior o risco de desenvolver o câncer de próstata. Felizmente a maior parte dos Cânceres de Próstata podem ser curados, mas esta chance é tão maior, quanto mais precocemente a doença é diagnosticada. Por isso, é importante saber um pouco mais sobre esta doença para que as medidas de prevenção e detecção precoce sejam instituídas por todo homem. Veja aqui mais números sobre o câncer no Brasil.
A Uro-oncologia é a área do cuidado da saúde onde vários profissionais atuam para cuidar de pacientes com câncer geniturinário, como o Câncer de Próstata. A interação coordenada do Urologista e do Oncologista Clínico é fundamental para o bom cuidado do paciente com câncer geniturinário e conta com todas as modalidades terapêuticas indicadas em cada tipo de câncer, apoiado no trabalho de uma equipe multidisciplinar que inclui cirurgiões(ãs), radioterapeutas, enfermeiros(as), psicólogos(as), farmacêuticos(as), médicos(as) nucleares, odontologistas, paliativistas, entre outros.
Dr Flavio Mavignier Cárcano é um super-especialista em câncer geniturinário, ou Uro-oncologia como também é chamado, e há mais de uma década se dedica ao cuidados de pacientes com este tipo de câncer. Na sua trajetória, iniciou a graduação em Medicina em 1998 na Universidade Federal Fluminense – UFF, umas das mais reconhecidas e tradicionais instituições médicas do país, formou-se médico em 2004 e ingressou para a Residência Médica no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Após a conclusão da residência em clínica, ingressou na Residência Médica em Oncologia Clínica no Instituto Nacional de Câncer – INCa, onde desenvolveu sua especialidade médica que exerce até os dias atuais desde 2009. Em 2011 concluiu seu mestrado em Pesquisa e Desenvolvimento pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, onde estudou aspectos do tratamento de pacientes com Câncer de Próstata, e em 2016 se tornou Doutor em Oncologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos (IEP-HCB), onde estudou a biologia molecular do Câncer de Testículo.
Dr Flavio também coordenou o curso de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos entre os anos de 2014 e 2022 e é Professor Permanente da Pós-graduação do Hospital de Câncer de Barretos desde 2020, onde orienta alunos de mestrado e doutorado, futuros cientistas na área de Oncologia. Dr. Flavio tem publicações científicas em periódicos internacionais de alto impacto, além de atuar como revisor de alguns deles, contribuindo para a construção do conhecimento em Oncologia.
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O que os pacientes dizem do Dr Flavio Cárcano?
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O que é a Próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto (a parte final do intestino). Ela envolve a uretra, o tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo, e desempenha um papel crucial na produção de fluido seminal, que ajuda a transportar e nutrir os espermatozoides durante a ejaculação.
A próstata é composta por glândulas pequenas chamadas de glândulas prostáticas, que produzem parte do líquido seminal. Este líquido se combina com os espermatozoides produzidos nos testículos e os fluidos de outras glândulas sexuais para formar o sêmen. A próstata também desempenha algum papel na regulação do fluxo de urina e na função sexual masculina.
Problemas na próstata são comuns em homens mais velhos, sendo a hiperplasia prostática benigna (HPB) muito comum.
O que causa o Câncer de Próstata?
O Câncer de Próstata é uma condição maligna que se desenvolve na próstata. Diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento. Vale ressaltar que o câncer é multifatorial, resultante da interação complexa de diversos elementos genéticos e ambientais. Abaixo, destacam-se alguns dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de próstata:
Genética
Histórico familiar: Homens com parentes de primeiro grau (pai ou irmão) que tiveram Câncer de Próstata apresentam um risco aumentado. A predisposição genética pode influenciar na suscetibilidade ao desenvolvimento da doença.
Idade
O risco de Câncer de Próstata aumenta significativamente com a idade. A maioria dos casos é diagnosticada em homens com mais de 65 anos.
Etnia
Homens afrodescendentes têm uma probabilidade maior de desenvolver Câncer de Próstata e, frequentemente, apresentam formas mais agressivas da doença.
Fatores Hormonais
A influência dos hormônios sexuais masculinos, como a testosterona, pode desempenhar um papel no desenvolvimento do Câncer de Próstata. No entanto, a relação exata não está completamente esclarecida.
Dieta e Estilo de Vida
Alguns estudos sugerem que uma dieta rica em gorduras saturadas e pobre em frutas, vegetais e fibras pode estar associada a um maior risco de Câncer de Próstata. A obesidade e a falta de atividade física também foram implicadas como fatores de risco.
Fatores Ambientais
Exposição a determinados agentes ambientais e poluentes pode estar relacionada ao aumento do risco de Câncer Prostático. No entanto, a evidência científica sobre essas associações ainda é limitada.
Inflamação Crônica
A presença de inflamação crônica na próstata pode aumentar o risco de câncer. Infecções frequentes ou inflamação persistente podem desencadear processos que contribuem para a transformação maligna das células.
Exposição à Radiação
Exposição a radiações ionizantes, seja por tratamentos médicos anteriores ou por exposição ocupacional, pode aumentar o risco de Câncer de Próstata.
Embora esses fatores estejam associados ao Câncer Prostático, é fundamental compreender que nem todos os homens com esses elementos de risco desenvolverão a doença, e alguns casos podem ocorrer em indivíduos sem fatores de risco aparentes.
Quais são os sintomas do Câncer de Próstata?
O câncer de próstata em estágios iniciais, comumente não causa sintomas, o que acaba reforçando ainda mais a importância das medidas de prevenção em pacientes de risco. No entanto, é importante estar ciente dos sinais potenciais que podem indicar a presença dessa doença. Aqui estão alguns dos sintomas associados ao Câncer de Próstata:
Dificuldade para urinar
Um dos sintomas mais comuns é a dificuldade em iniciar ou interromper o fluxo de urina. Isso pode estar relacionado à compressão da uretra pela próstata aumentada ou pela presença de um tumor. Muito embora na maioria dos casos, isso possa estar relacionado a doenças benignas, como a hiperplasia da próstata, em vez do câncer.
Vontade de urinar toda hora
Homens com Câncer de Próstata podem experimentar um aumento na frequência das idas ao banheiro, especialmente durante a noite.
Sensação que não esvaziou toda a bexiga após urinar
Pode ocorrer a sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada após urinar, o que também acaba contribuindo para muitas idas ao banheiro.
Jato de urina fraco ou interrupção do jato enquanto urina
A presença de um tumor na próstata pode afetar a força e consistência do jato de urina.
Sangue na urina ou no sêmen
Em alguns casos, o Câncer de Próstata pode causar sangramento, que pode ser detectado na urina ou no sêmen.
Dor ou desconforto na região da pelve
Dor persistente ou desconforto na área pélvica ou perineal, parte inferior das costas, quadris ou coxas podem ser sintomas de Câncer de Próstata avançado.
Perda de peso inexplicada e fadiga
Em estágios avançados, o câncer pode causar perda de peso inexplicada e fadiga persistente.
Problemas de ereção ou disfunção sexual
O Câncer de Próstata avançado pode afetar a função erétil e levar a outros problemas sexuais. É importante notar que esses sintomas não são exclusivos do Câncer de Próstata e podem estar relacionados a outras condições prostáticas benignas. Além disso, alguns homens com Câncer de Próstata podem não apresentar sintomas perceptíveis nos estágios iniciais, como já mencionado.
Como saber se tenho Câncer de Próstata?
Conforme mencionado acima, o Câncer de Próstata nas fases iniciais, não costuma apresentar sintomas e também a presença dos sintomas listados acima, não necessariamente estão relacionados ao diagnóstico de câncer. Nas fases mais avançadas da doença, os sintomas podem surgir, mas as chances de cura ficam menores. Portanto, é fundamental que pacientes que tenham fatores de risco, procurem o Oncologista Clínico ou o Urologista para que a devida investigação seja feita, com vistas ao diagnóstico precoce e maiores chances de cura.
O homem com 50 anos ou mais, ou com 45 anos ou mais que tenha tido algum caso de Câncer de Próstata em parentes de primeiro grau, deve procurar o médico. Também é importante que pacientes negros tenham ainda mais atenção a estas recomendações, visto que esta característica étnica esta relacionada a casos mais agressivos de Câncer de Próstata.
Uma vez que o Oncologista Clínico ou o Urologista identifique fatores de risco no homem que procura a avaliação da próstata, dois procedimentos são fundamentais para determinar a possibilidade de existir um Câncer de Próstata: a dosagem do PSA no sangue e o exame digital do reto, ou toque retal.
Como é feito o Toque Retal?
O processo geralmente começa com uma consulta médica, durante a qual o profissional de saúde revisa o histórico médico do paciente e realiza um exame físico.
O exame de toque retal é uma parte essencial do diagnóstico do Câncer de Próstata, proporcionando aos médicos informações valiosas sobre o tamanho, a textura e a consistência da próstata. Apesar de ser um procedimento que gera alguma apreensão, é uma ferramenta eficaz para detectar alterações na glândula e complementa outros testes diagnósticos. Normalmente, as etapas de um exame de toque retal são as seguintes:
Preparação: Antes do exame, é comunicada ao paciente a natureza do procedimento, garantindo seu entendimento e tranquilidade. O médico explica o propósito do exame e responde a quaisquer dúvidas ou preocupações que o paciente possa ter.
Posicionamento e Vestimenta: O paciente geralmente é orientado a ficar em uma posição fetal, deitado de lado com os joelhos dobrados em direção ao peito. Esse posicionamento facilita o acesso à região anal e proporciona maior conforto durante o procedimento.
Luva e Lubrificação: O médico usará uma luva descartável e aplicará uma quantidade adequada de gel lubrificante na ponta do dedo indicador. A lubrificação é essencial para facilitar a introdução do dedo e minimizar qualquer desconforto.
Inserção do Dedo: Com a luva e o dedo devidamente lubrificados, o médico introduzirá cuidadosamente o dedo indicador no reto do paciente através do ânus. Esse processo é geralmente indolor, embora alguns pacientes possam experimentar um leve desconforto ou pressão.
Avaliação da Próstata: Uma vez inserido, o médico palpará a superfície posterior da próstata, que está localizada logo à frente do reto. Durante essa avaliação, o médico pode sentir alterações na textura, tamanho, forma da próstata e eventual presença de nódulos. Qualquer área suspeita será examinada com mais cuidado.
Duração e Conclusão: O exame de toque retal é rápido, geralmente levando apenas alguns minutos para ser concluído. Ao final, o médico retira o dedo com cuidado, encerrando o procedimento.
É importante enfatizar que o exame de toque retal é uma ferramenta valiosa para complementar outros métodos diagnósticos, como o teste de PSA e eventuais exames de imagem solicitados depois. Apesar do desconforto potencialmente percebido, muitos homens acham o procedimento menos incômodo do que inicialmente imaginavam. A realização regular do exame é crucial para detectar precocemente quaisquer alterações na próstata, proporcionando oportunidades de intervenção precoce e tratamento eficaz.
O que é PSA?
O Antígeno Prostático Específico (PSA) é uma proteína produzida pelas células da próstata e sua principal função é deixar o sêmen mais fluido, facilitando a movimentação dos espermatozoides. O PSA está normalmente presente em pequenas quantidades na corrente sanguínea de homens saudáveis, mas níveis elevados podem indicar problemas na próstata.
O teste de PSA é uma ferramenta crucial no rastreamento e diagnóstico precoce de condições prostáticas, sendo mais comumente associado à detecção do Câncer de Próstata. Durante um exame de sangue, uma amostra é coletada e os níveis de PSA são medidos. Vale ressaltar que um aumento no PSA não é necessariamente indicativo de câncer; outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) ou a prostatite (inflamação da próstata), também podem levar a elevações nos níveis de PSA.
A interpretação dos resultados do teste de PSA requer uma abordagem cuidadosa. Níveis levemente elevados podem ser monitorados ao longo do tempo, enquanto aumentos mais significativos podem levar a investigações adicionais, como o exame de toque retal e, em alguns casos, biópsia da próstata. No entanto, é importante reconhecer que o PSA por si só não é um indicador definitivo de câncer, e decisões sobre tratamento devem ser baseadas em uma avaliação abrangente do estado de saúde do paciente.
O que é Gleason ou ISUP no Câncer de Próstata?
Quando suspeita-se do câncer prostático através do valor do PSA e do toque retal, é realizada uma biópsia da próstata que pode ser feita por via trans-retal ou trans-perineal. Esta biópsia é feita de forma padronizada onde vários fragmentos da próstata são retirados representando várias áreas da próstata. Estes fragmentos são analisados pelo Médico Patologista e ele vai determinar características biológicas da doença que nos informam muito sobre a capacidade desta doença ter um comportamento mais ou menos agressivo. O escore de Gleason e o ISUP (escore da International Society of Urological Pathology) são “tipos de régua” para medir as características biológicas do câncer de próstata.
O escore de Gleason vai de 6 a 10 e o ISUP vai de 1 a 5. Escores de Gleason de 6 e ISUP 1 mostram uma característica biológica menos agressiva enquanto Gleason 8 a 10 e ISUP 4 e 5, descrevem uma biologia que pode se comportar com maior capacidade de disseminação e pior prognóstico. O escore de Gleason 7 ou ISUP 2 e 3, representam uma característica intermediária, onde fica mais difícil prever se terá um comportamento mais ou menos agressivo. Estas “réguas” são imprescindíveis para definir o prognóstico assim como os protocolos de tratamento que serão instituídos para o paciente, além de ser uma ferramenta prognóstica poderosa para o Oncologista aconselhar o paciente de forma apropriada. Este é mais um exemplo de como o tratamento do paciente com câncer é na sua essência multidisciplinar, dependendo de muitos profissionais capacitados, como o Patologista, para prover o melhor cuidado.
Quais são os estágios do Câncer de Próstata?
Após confirmado o diagnóstico do câncer de próstata através de uma biópsia, o próximo passo é fazer o estadiamento da doença. O estadiamento é a forma do Oncologista Clínico saber se o câncer está restrito à próstata ou se ele já avançou, causando metástases em outras partes do corpo. Isso é feito através dos exames de imagem; como tomografias, ressonância magnética, cintilografia óssea e em alguns casos, com PET-TC com PSMA; e também através das informações do valor do PSA e do Gleason escore do paciente, fornecido através da análise da biópsia realizada. Com os exames de imagem prontos, valor do PSA e Gleason escore da biópsia, o Oncologista será capaz de definir o estágio da doença. Isso é de fundamental importância, pois à partir daí, será possível escolher o melhor protocolo de tratamento, assim como prever a evolução da doença, sendo possível fazer o que chamamos de prognóstico e aconselhar melhor o paciente sobre o que esperar adiante da doença.
Existem 4 estágios do câncer de próstata e quanto menor o estágio, maior a chance de cura. Entretanto, embora os estágios mais avançados possam ter uma chance menor de curar o paciente, é possível prolongar a vida do paciente com boa qualidade através dos novos tratamentos disponíveis.
Estágio UM
O estágio I é o momento mais inicial da doença, onde encontramos o câncer de próstata restrito a uma parte muito pequena da próstata. Ele é muitas vezes descoberto em pacientes que fazem um acompanhamento do seu PSA e consultas periódicas com seu Urologista, quando é possível também realizar o toque retal. Na maioria dos casos, os pacientes não tem sintomas, ou se eles existirem, são principalmente decorrentes de doenças benignas da próstata e não do câncer. Nesta fase as chances de cura são próximas a 100% e ainda existem opções de tratamento que incluem a cirurgia, radioterapia e a vigilância ativa, quando nenhum tratamento é necessário além de um protocolo de acompanhamento com exames e biópsia seriadas. A escolha do tratamento dependerá de vários fatores, como o valor do PSA, o grau do escore de Gleason e também a idade e comorbidades do paciente. Além disso, as preferências do paciente sempre são levadas em consideração, já que as consequências de cada tratamento podem variar e impactar diferentemente na qualidade de vida do paciente.
Estágio DOIS
O estágio II já denuncia uma doença comprometendo uma parte maior da próstata, mas ainda restrita a ela. Nesta fase, é totalmente possível a cura do paciente através da cirurgia ou radioterapia, que pode ou não estar associada ao bloqueio de hormônios (hormonioterapia) por um período variável. O paciente comumente não tem sintomas, embora possa existir em alguns poucos casos. Nesta fase podemos ter condições de maior ou menor risco, a depender do valor do PSA e do escore de Gleason e por isso, as taxas de cura podem variar um pouco mais. A escolha do tratamento vai depender também valor do PSA, o grau do escore de Gleason, do tamanho da próstata, da idade e comorbidades do paciente, além das preferências do paciente.
Estágio TRÊS
O estágio III é marcado pela invasão da cápsula da próstata ou da vesícula seminal que se encontra na parte posterior da próstata. Isso já mostra uma agressividade maior da doença que já começa a migrar além da próstata. Muitos pacientes podem já ter sintomas nesta fase, como dificuldade para urinar, sangramento no sêmen ou dor/desconforto na região perineal. Nesta fase, os exames de imagem podem não indicar doença além da próstata (metástase), mas em alguns casos, pode já haver uma disseminação da doença para os linfonodos próximos da próstata. É uma fase que coloca um maior risco mas ainda assim, é possível alcançar a cura em muitos casos com o tratamento especializado e correto. A cirurgia é o principal tratamento inicial, mas muitas vezes, é necessário tratamentos adjuvantes com uso de radioterapia e um período de hormonioterapia. Muitos destes casos procuram atendimento quando apresentam já sintomas e não vinham com práticas de acompanhamento com o Urologista e medidas do PSA.
Estágio QUATRO
Nesta fase, a doença já apresenta metástase tornando a cura do paciente mais difícil. O local mais comum de metástase são os ossos e o paciente pode já apresentar dores ósseas e risco maior de fraturas. Em casos com biologia mais agressiva da doença, embora raro, pode haver metástases em órgãos como o fígado e o pulmão e os sintomas podem variar de acordo com o órgão acometido. Os linfonodos próximos à próstata ou até mesmo distantes dela, podem ser atingidos e comumente causam poucos sintomas, a depender da localização e compressão de estruturas em volta deles. Embora o Oncologista Clínico seja importante no planejamento do tratamento em todas os estágios da doença, no estágio IV ele tem papel imprescindível. Nesta fase é importante avaliar o volume da doença, a localização das metástases, o grau de Gleason e outros fatores tais como comorbidades, idade do paciente, preferências do paciente e se a doença já se apresentou desde o início com metástases ou se ela se tornou metastática (recidiva) após um tratamento anterior do câncer de próstata ainda localizado. O tratamento passa pelo uso da hormonioterapia e outros tipos de tratamentos sistêmicos como comprimidos de agentes hormonais, quimioterapia e outras novas terapias usando medicina nuclear. A boa notícia é que, embora seja mais difícil a cura nesta fase, os avanços recentes no tratamento tem tornado a doença mais “crônica”, trazendo grandes prolongamentos no tempo de vida do paciente com boa qualidade de vida em muitos casos.
Mensagem final sobre o inimigo sorrateiro
O diagnóstico do câncer de próstata é um processo complexo que envolve a colaboração de profissionais de saúde de diversas especialidades. A abordagem personalizada leva em consideração a idade do paciente, a saúde geral, os resultados dos testes e outros fatores. É fundamental que os homens discutam regularmente com seus médicos sobre os riscos e benefícios dos exames de rastreamento para o câncer de próstata, especialmente aqueles com fatores de risco. O diagnóstico precoce é fundamental para melhores resultados no tratamento.
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