O Câncer de Testículo é representado em mais de 95% dos casos pelo Carcinoma de Células Germinativas ou também chamado de Tumor de Células Germinativas e representa o quarto câncer mais comum que acomete o sistema urinário. Este é o tumor sólido mais comum no homem adulto jovem (terceira e quarta décadas de vida) e tem sido um modelo de cura com o uso da quimioterapia. Esta doença não costuma apresentar muitos sintomas e muitos homens suspeitam de algo errado quando percebem um “caroço” endurecido e pouco doloroso ao palpar um dos testículos. Felizmente, dois terços dos casos se apresentam com a doença restrita ao testículo e apenas a cirurgia é suficiente para alcançar a cura. Os demais, com doença mais avançada, ainda assim tem um potencial significativo de cura com uso de protocolos de tratamento a base de quimioterapia. Veja aqui mais números sobre o câncer no Brasil.
A Uro-oncologia é a área do cuidado da saúde onde vários profissionais atuam para cuidar de pacientes com câncer geniturinário, como o Câncer de Testículo. A interação coordenada do Urologista e do Oncologista Clínico é fundamental para o bom cuidado do paciente com câncer geniturinário e conta com todas as modalidades terapêuticas indicadas em cada tipo de câncer, apoiado no trabalho de uma equipe multidisciplinar que inclui cirurgiões(ãs), radioterapeutas, enfermeiros(as), psicólogos(as), farmacêuticos(as), médicos(as) nucleares, odontologistas, paliativistas, entre outros.
Dr Flavio Mavignier Cárcano é um super-especialista em câncer geniturinário, ou Uro-oncologia como também é chamado, e há mais de uma década se dedica ao cuidados de pacientes com este tipo de câncer. Na sua trajetória, iniciou a graduação em Medicina em 1998 na Universidade Federal Fluminense – UFF, umas das mais reconhecidas e tradicionais instituições médicas do país, formou-se médico em 2004 e ingressou para a Residência Médica no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Após a conclusão da residência em clínica, ingressou na Residência Médica em Oncologia Clínica no Instituto Nacional de Câncer – INCa, onde desenvolveu sua especialidade médica que exerce até os dias atuais desde 2009. Em 2011 concluiu seu mestrado em Pesquisa e Desenvolvimento pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, onde estudou aspectos do tratamento de pacientes com Câncer de Próstata, e em 2016 se tornou Doutor em Oncologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos (IEP-HCB), onde estudou a biologia molecular do Câncer de Testículo.
Dr Flavio também coordenou o curso de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos entre os anos de 2014 e 2022 e é Professor Permanente da Pós-graduação do Hospital de Câncer de Barretos desde 2020, onde orienta alunos de mestrado e doutorado, futuros cientistas na área de Oncologia. Dr. Flavio tem publicações científicas em periódicos internacionais de alto impacto, além de atuar como revisor de alguns deles, contribuindo para a construção do conhecimento em Oncologia.
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O que Preciso Saber sobre o Testículo
Os testículos são órgãos reprodutivos masculinos localizados na bolsa escrotal, logo abaixo da base do pênis. Cada homem normalmente possui dois testículos. Eles são compostos por diferentes estruturas, incluindo:
- Túnicas: Os testículos são envolvidos por camadas de tecido chamadas túnicas, que fornecem suporte e proteção.
- Epidídimo: Uma estrutura em forma de tubo enrolado conectada aos testículos, onde os espermatozoides amadurecem e são armazenados.
- Ducto Deferente: Um canal que transporta os espermatozoides do epidídimo até a uretra durante a ejaculação.
- Vasos Sanguíneos e Nervos: Os testículos são ricamente irrigados por vasos sanguíneos e inervados por nervos, fornecendo os nutrientes necessários e controlando funções como a produção de hormônios.
Os testículos desempenham papéis vitais no sistema reprodutivo masculino e na produção hormonal. Aqui estão as principais funções:
- Produção de Espermatozoides: Os testículos são responsáveis pela produção de espermatozoides, as células reprodutivas masculinas. Esse processo ocorre nos túbulos seminíferos dentro dos testículos.
- Produção de Hormônios: Os testículos também produzem hormônios, principalmente testosterona. A testosterona desempenha um papel crucial no desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, como a barba, voz profunda e massa muscular.
- Ejaculação: Durante a ejaculação, os espermatozoides são transportados dos testículos através do epidídimo e ducto deferente para serem liberados na uretra.
Células especiais que dão origem aos espermatozóides são conhecidas como células germinativas e elas estão protegidas por um conjunto de outras células especiais presentes na estrutura de cada testículo. Estas são as células envolvidas na função “reprodutiva” dos testículos enquanto outro grupo de células especiais estão envolvidas na função “endócrina” do testículo, ou seja, na produção dos hormônios sexuais masculinos.
O que Causa o Câncer de Testículo?
O câncer de testículo, também conhecido como “tumor de células germinativas do testículo” tem sido associado a alguns fatores que podem influenciar um risco maior para o seu desenvolvimento. Os mais descritos são os seguintes:
1. Fatores Genéticos:
- Alguns homens podem ter uma predisposição genética para o desenvolvimento de câncer de testículo. Se houver casos na família, especialmente entre parentes de primeiro grau, o risco pode ser ligeiramente aumentado.
2. Criptorquidia (Testículo Não Descido):
- Homens que têm um histórico de testículo não descido (criptorquidia) têm um risco maior de desenvolver câncer testicular. A condição ocorre quando um ou ambos os testículos não descem para o escroto durante o desenvolvimento fetal.
3. Idade:
- O câncer de testículo é mais comum em homens jovens, geralmente entre 15 e 35 anos. No entanto, pode ocorrer em qualquer idade.
4. Síndrome de Klinefelter:
- Homens com a síndrome de Klinefelter, uma condição genética em que um homem possui um cromossomo X adicional (XXY), têm um risco ligeiramente aumentado.
5. Histórico de Câncer Testicular:
- Aqueles que tiveram câncer de testículo em um dos testículos têm maior risco de desenvolver um tumor no outro testículo.
6. Fatores Ambientais:
- Embora não seja totalmente compreendido, alguns estudos sugerem que exposição a certos produtos químicos ambientais e lesões nos testículos podem estar associados ao desenvolvimento do câncer testicular.
7. Fatores Hormonais:
- Alterações nos níveis hormonais, especialmente o desequilíbrio de hormônios gonadais, podem contribuir para o desenvolvimento de tumores de células germinativas.
8. HIV:
- Homens com infecção por HIV parecem ter um risco aumentado de câncer testicular.
É importante notar que a maioria dos homens com fatores de risco não desenvolverá câncer testicular, e muitos homens com câncer testicular não têm fatores de risco conhecidos.
Quais os Sintomas do Câncer de Testículo?
É muito importante que os homens estejam cientes dos sinais e sintomas do câncer testicular e realizem a autoexploração dos testículos regularmente. Isso envolve examinar os testículos manualmente em busca de qualquer anormalidade, como nódulos, inchaços ou mudanças na textura. Caso algum desses sintomas seja detectado, é essencial procurar orientação médica imediatamente para avaliação e diagnóstico adequados. O câncer de testículo é altamente tratável, especialmente quando detectado precocemente. O câncer de testículo, é uma doença que não costuma apresentar sintomas exuberantes e comumente, os pacientes que apresentam sintomas, podem relatar os seguintes:
1. Nódulo ou Inchaço:
- Um dos sintomas mais comuns é a presença de um nódulo ou inchaço em um dos testículos. Isso pode ser notado durante a autoexploração testicular.
2. Mudanças na Forma ou Tamanho do Testículo:
- Alterações na forma ou tamanho do testículo podem ser indicativos de um problema. Comparar os dois testículos em frente a um espelho regularmente, pode ajudar a identificar diferenças.
3. Desconforto ou Dor:
- Dor ou desconforto nos testículos ou na região escrotal pode ser um sintoma. No entanto, a minoria dos casos de câncer de testículo causam dor.
4. Sensação de Peso no Escroto:
- Alguns homens relatam uma sensação de peso no escroto, mesmo sem a presença de um nódulo visível.
5. Acúmulo de Líquido no Escroto (Hidrocele):
- Embora incomum, o câncer de testículo pode causar o acúmulo de líquido no escroto, resultando em uma condição chamada hidrocele.
6. Dor na Parte Inferior das Costas ou Abdominal:
- Em casos mais avançados, o câncer testicular pode se espalhar para os gânglios linfáticos ou outras partes do corpo, causando dor na parte inferior das costas ou abdominal.
7. Dor no Peito ou Respiração Difícil:
- Se o câncer se disseminar para os pulmões, pode causar dor no peito ou dificuldade respiratória.
8. Sintomas decorrentes de Metástase:
- Se o câncer se espalhar para órgãos distantes, podem ocorrer sintomas relacionados à área afetada, como dor óssea nos casos de disseminação para algum osso do esqueleto.
Como Saber se Tenho Câncer de Testículo?
Homens, principalmente entre 15 e 35 anos, que percebam algum dos sintomas descritos acima, devem procurar um Urologista ou Oncologista Clínico para uma avaliação inicial. É comum ser solicitado uma ultrassonografia dos testículos, assim como alguns exames de sangue para aumentar a suspeição diagnóstica. Este tipo de câncer, pode produzir marcadores que circulam no sangue como o HCG (o mesmo pedido em teste de gravidez) e outro conhecido como Alfa-fetoproteína. Eles ajudam não só a aumentar a suspeita do câncer como também são muito importantes na avaliação da eficácia do tratamento instituído. Uma vez que a ultrassonografia mostre uma imagem sugestiva de tumor, associado a alterações dos marcadores sanguíneos, a retirada do testículo doente está indicada.
Mensagem Final sobre Uma das Doenças Mais Curáveis da Oncologia
É comum que um diagnóstico de câncer carregue ainda um estigma negativo muito forte em nossa sociedade. Mas é importante lembrar que existem dezenas de tipos de câncer e cada um tem uma característica diferente, incluindo seu potencial de cura. O câncer de testículo, mesmo quando se apresenta com metástase, tem um grande potencial de cura e na doença avançada, a quimioterapia tem um papel fundamental. Portanto, esta é uma situação “quando a quimioterapia cura” o paciente na grande maioria dos casos. Entretanto, é importante que qualquer suspeita, deva ser investigada o quanto antes por um oncologista experiente. Não podemos deixar de fazer a coisa certa, quando as chances de cura do câncer são muito altas, não é mesmo?
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